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imigrantes portugueses |
Vida difícil
enfrentavam os imigrantes que chegavam a São Carlos, iludidos com promessas de
terras abundantes e muito dinheiro.
Até pelo menos
a grande crise cafeeira de 1930, pode-se afirmar ser enganosa a noção bastante
difundida, de que os colonos aos poucos se transformaram em pequenos
proprietários e sitiantes.
Oswaldo
Truzzi, no livro Café e Indústria, São
Carlos 1850-1950, aponta numerosos indícios a este respeito, a começar pelo
fato de que com a renda mensal de que dispunham, a possibilidade de poupança de
um montante suficiente para aquisições de alguns alqueires de terra era
improvável.
Era muito mais
provável que os caminhos que levassem o colono à condição de proprietário
fossem muito mais tortuosos, que envolvessem um período de tempo equivalente a
uma ou duas gerações, a migração para a cidade e ainda outras condições que
tornavam esse degrau de ascensão social inacessível para a maior parte dos
colonos.
Truzzi ainda
aponta dados do Almanach de São Carlos, onde entre os anos de 1894 e 1920, é possível
observar o pequeno número de imigrantes entre os proprietários, e, ainda assim,
quando tornaram-se proprietários geralmente eram de porções menores de terras.
O
recenseamento de 1920 confirma tal assertiva, a área média das propriedades
pertencentes a estrangeiros é de 45,4 alqueires, enquanto no caso dos
proprietários brasileiros a mesma média se eleva a 238,1 alqueires, no
município de São Carlos.
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